Inflação aumentou no mês de agosto! Pelo menos, é isso que indicam informações divulgadas nesta terça-feira (12 de setembro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu alta no último mês. Esse Índice, para quem não conhece, é o principal indicador utilizado para a definição da “inflação oficial” do país.
Quando falamos em alta da inflação, a primeira coisa que passa pela cabeça da maior parte dos brasileiros é o aumento generalizado no preço dos produtos – incluindo itens de necessidade básica. Nesse sentido, surge a dúvida: em termos práticos, o que o aumento da inflação representa para a população nacional? E, ainda mais importante: quais áreas são mais afetadas pela alta? No guia que vamos mostrar abaixo, você pode conferir a resposta desta e de outras perguntas.

O que é o IPCA?
Como citamos anteriormente, a inflação aumentou em agosto de 2023. Mas, antes de explicar os motivos do aumento, é importante lembrar o que significa IPCA, e como esse índice pode influenciar as finanças da população nacional.
A sigla “IPCA”, como você já sabe, significa “Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo”. Como o próprio nome indica, o IPCA mede, todos os meses, a variação dos preços de uma série de produtos e serviços no varejo.
A partir daí, a métrica compara os resultados obtidos com as informações do mês anterior, e por meio dessa equação, identifica a inflação do mês analisado.
O IPCA está longe de ser uma novidade! Pelo contrário: o Índice é utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o “termômetro oficial da inflação no Brasil” desde 1979.
“O IPCA é um indicador que pode gerar uma série de impactos para os investidores e a população em geral. Ele é influenciado pela demanda e oferta de produtos e serviços. Se há aumento da procura por algo que há pouca quantidade no mercado, o preço do produto tende a subir. No entanto, quando o consumo está em queda, os preços podem ficar estagnados ou cair”, diz o site da XP Investimentos sobre o Índice.
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Inflação aumentou em agosto de 2023!
É isso mesmo: o nível de inflação realmente aumentou em agosto de 2023. De acordo com a pesquisa do IBGE, o IPCA passou por uma alta de 0,23% no mês passado.
A porcentagem, à primeira vista, parece irrelevante, mas representa quase o dobro da alta registrada no mês de junho – quando o IPCA fechou com aumento de 0,12%.
Com o aumento, a inflação acumulada na janela de 12 meses (contada a partir de agosto do ano passado) fica em 4,61%. Em 2023, por outro lado, a média atual é de 3,23%.
Neste ano, a inflação passou a cair a partir de fevereiro. Porém, em junho, o IPCA voltou a aumentar. Mesmo com a trajetória em alta, a expansão ficou abaixo das projeções do mercado.
Anteriormente à divulgação dos dados atualizados, a estimativa da organização Valor Data era de um aumento de 0,29% para a inflação no mês. A perspectiva do mercado, nesse sentido, superou em 0,06% o panorama real.
INPC também aumenta em agosto
Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também passou por alta no mês de agosto. Ou seja: não aumentou apenas a inflação, mas também outros índices relacionados a ela.
O INPC, para quem não sabe, é utilizado como referência para os reajustes do salário mínimo, que acontecem todos os anos. Uma das principais funções deste índice é calcular o nível de inflação para as famílias de baixa renda.
No mês de agosto, o INPC passou por alta de 0,20%. A nível de comparação, em julho, o Índice foi reduzido em 0,09%.
Na janela dos últimos 12 meses, o INPC acumula um aumento de 4,06%, e em 2023, de 2,80%. Felizmente, a alta não fez aumentar o preço dos alimentos – um dos maiores medos da população nacional.
“Os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,91% em agosto, após queda de 0,59% em julho. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,56%, acima do resultado de 0,07% observado em julho”, explica o levantamento do IBGE.
Por que a inflação aumentou em agosto?
A inflação aumentou em agosto, primordialmente, em decorrência de uma considerável alta observada nas contas de energia elétrica residencial. No último mês, esse tipo de despesa aumentou em 4,59%.
O aumento nas contas de luz, é importante lembrar, se relaciona ao fim da incorporação federal do bônus de Itaipu. O bônus em questão foi relacionado a um saldo positivo no balanço de comercialização de energia elétrica, na Hidrelétrica de Itaipu, no ano passado.
O resultado positivo foi incorporado às contas de luz em julho de 2023. Em agosto, o bônus deixou de valer, o que gerou uma expressiva alta nos boletos do tipo.
Você, provavelmente, já deve ter percebido que a conta de luz de agosto chegou bem mais salgada!
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Aumento da inflação não afeta alimentos e bebidas
Como já citamos, o aumento da inflação, para a alegria dos brasileiros, ainda não afeta os alimentos. Pelo contrário: o grupo de “Alimentação e Bebidas” continua em queda, registrando deflação (diminuição) de 0,85% no mês de agosto.
A deflação é observada pelo terceiro mês seguido! Essa diminuição, atualmente, é puxada pela redução nos preços de alimentação para domicílio (que passaram uma queda de 1,26% no último mês).
Se o aumento da inflação não afeta os alimentos e bebidas, quais grupos são mais influenciados pela alta? Abaixo, você pode conferir a tabela completa, de acordo com as informações atualizadas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:
- Alimentação e bebidas: Queda de 0,85% em agosto;
- Habitação (aluguel): Aumento de 1,11% em agosto;
- Artigos de residência: Queda de 0,04% em agosto;
- Vestuário: Aumento de 0,54% em agosto;
- Transportes: Aumento de 0,34% em agosto;
- Saúde e cuidados pessoais: Aumento de 0,58% em agosto;
- Despesas pessoais: Aumento de 0,38% em agosto;
- Educação: Aumento de 0,69% em agosto;
- Comunicação: Queda de 0,09% em agosto.