Pesquisadores Utilizando varreduras cerebrais para detectar e tratar a depressão
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A depressão é uma doença mental grave que pode causar sintomas como tristeza profunda, perda de interesse em atividades que costumavam ser prazerosas, fadiga, dificuldade para concentrar-se, alterações no apetite e no sono, e pensamentos suicidas. Embora os médicos e cientistas ainda não compreendam completamente a depressão, é considerada um transtorno do humor que pode ser tratado com medicamentos, terapia ou ambos. É importante procurar ajuda médica se você estiver experimentando sintomas de depressão, pois ela pode ser grave e pode levar a complicações se não for tratada adequadamente.

Pesquisadores do Baylor College of Medicine em Houston, Texas, anunciaram o desenvolvimento de uma nova tecnologia chamada “decodificador de humor”, que permite a leitura do estado emocional de uma pessoa através da observação da atividade cerebral. Essa tecnologia pode ser uma grande avanço na compreensão e tratamento de doenças mentais, como a depressão, permitindo uma análise mais precisa das emoções e estados mentais das pessoas. Ainda não está claro quando essa tecnologia estará disponível para uso clínico, mas os pesquisadores estão otimistas em relação ao seu potencial para melhorar o tratamento de doenças mentais e emocionais.

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Uma equipe de neurocirurgiões do Baylor College realizou a primeira demonstração bem-sucedida de decodificação consistente de humor humano em determinadas áreas do cérebro, de acordo com o líder do projeto, o neurocirurgião Sameer Sheth, em entrevista para o MIT Technology Review. Além disso, os cientistas descobriram uma maneira de estimular o humor positivo nos cérebros dos pacientes envolvidos no estudo

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A equipe de cientistas realizou um estudo em que implantou eletrodos em uma região do cérebro de um paciente com depressão. Após atingir um “ponto perfeito” com a colocação dos eletrodos, o paciente relatou sentir-se “novamente online” e teve a sensação de que o peso da depressão havia sido removido. Este tratamento baseado em DBS (estimulação cerebral profunda) é complexo e visa ajudar as pessoas com transtornos mentais.

O Deep Brain Stimulation (DBS) tem sido utilizado com sucesso no tratamento de doenças como a doença de Parkinson e a epilepsia, que são afetadas por distúrbios em áreas específicas do cérebro. No entanto, sua eficácia no tratamento da depressão ainda é discutida. De acordo com o Dr. Sheth, “ainda não sabemos como fornecer DBS de forma eficiente para qualquer pessoa com depressão”, pois a terapia ainda é muito imatura. No estudo atual, apenas cinco pessoas foram recrutadas até agora, todas com depressão grave e que não responderam a outros tratamentos. A equipe planeja estudar no total apenas 12 pessoas.

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O estudo sobre a depressão que utiliza gravações cerebrais como parte do procedimento tem encontrado resultados interessantes, incluindo atividade no córtex cingulado, uma região do cérebro relacionada ao humor dos pacientes. Embora o procedimento seja caro, invasivo e arriscado, a equipe acredita que pode fornecer insights úteis sobre casos individuais de depressão. No entanto, estender o estudo para um número maior de pacientes seria um exercício de retornos decrescentes.

A equipe de pesquisa apresentou suas descobertas na reunião anual da Society for Neuroscience em San Diego, relatando que a gravidade da depressão pode ser prevista com confiabilidade através de características espectrais. Esses resultados são animadores, mas é importante lembrar que a pesquisa ainda está em sua fase inicial e foi realizada com apenas três pacientes. No entanto, essa pesquisa é considerada “essencial” pelo psiquiatra Darin Dougherty, especialista em neurocirurgia para depressão no Mass General Research Institute, pois pode aumentar nossa compreensão da base neurofisiológica da depressão e proporcionar uma “assinatura neural alvo” para terapias de neuromodulação personalizadas.

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