Vivemos numa era completamente digital e, por isso mesmo, os processos de recrutamento e de seleção de talentos têm vindo a reinventar-se. Atualmente, é necessário existirem novas metodologias para atrair as pessoas certas e o marketing de recrutamento é uma delas.
Se há uns anos os recrutadores demoravam horas para analisarem inúmeros currículos em papel, agora podem recorrer à inteligência artificial para ganharem mais tempo e agilidade.
De facto, toda esta inovação nos departamentos de Recursos Humanos e na gestão de pessoas, contribui para o desenvolvimento de soluções altamente modernas para tornar a experiência do candidato ainda mais positiva.
E, tendo em consideração que o mercado de trabalho está em constante mudança e crescimento, são vários os canais de comunicação utilizados, as modalidades de trabalho, e a flexibilidade das relações laborais em cada empresa.
O que fez com que a forma de captar, atrair e manter a atenção dos melhores talentos se tenha alterado também. Assim surge o marketing de recrutamento – um conjunto de táticas e estratégias implementadas pelas empresas. Fique connosco e saiba tudo sobre o tema.
O que é o marketing de recrutamento
O marketing de recrutamento consiste na criação de estratégias para promover o valor de trabalhar para uma determinada empresa, a fim de atrair, engajar, recrutar e reter os melhores talentos.
De uma forma geral, esta é uma estratégia que pode ser utilizada quer por profissionais de Recursos Humanos, como de marketing e ainda gestão de pessoas.
Por isso, quando o departamento de RH aplica o marketing de recrutamento de forma efetiva, os processos de seleção acontecem, por norma, com ainda mais agilidade. Afinal, o que acontece é o facto de os candidatos procurarem as vagas de uma maneira mais ativa, por livre e espontânea vontade.
Assim, o conjunto de estratégias, práticas e tecnologias usadas através do marketing de recrutamento, tornaram-se essenciais para os empregadores competirem na procura pelos melhores talentos.
Por que motivo é o marketing de recrutamento importante para os empregadores?
Depois de muitos anos a pesquisarem sobre maneiras inovadoras para reter talentos, os empregadores chegaram à conclusão que precisam do marketing de recrutamento nos seus processos de recrutamento e seleção.
O recrutamento tradicional não funciona atualmente. Hoje, os candidatos descobrem e consideram os empregadores da mesma forma que os consumidores encontram produtos, restaurantes e viagens online.
Ou seja, através de pesquisas na internet, das redes sociais e lendo as avaliações, os candidatos podem conhecer uma empresa e as oportunidades de carreira naquele momento.
Para além disto, o que cada um deles aprende sobre a missão e a cultura da empresa pode, efetivamente, influenciar as suas próprias decisões para se candidatarem ou aceitarem uma oferta de emprego.
São várias as semelhanças entre o marketing e o marketing de recrutamento:
- desde a utilização de canais distintos como e-mail, redes sociais, chats ou eventos;
- habilidades como branding;
- engajamento;
- táticas de Search Engine Optimization (SEO), Pay-per-Click (PPC), retargeting, personalização e conteúdo;
- ferramentas de automação de marketing;
- Costumer Relationship Management (CRM);
- e até inteligência artificial.
Os profissionais de marketing de recrutamento sabem como contar de forma autêntica a história da empresa, realçando o facto de esta ser um ótimo lugar para trabalhar.
Esta é a melhor forma para atrair talentos qualificados e manter os profissionais já existentes envolvidos na cultura da empresa. Desta forma, conseguem-se contratações de sucesso.
5 maneiras para usar o marketing de recrutamento
1.
Desenvolver e posicionar um employer brand atrativo
Todas as marcas bem sucedidas conhecem a importância de um logótipo atrativo e bastante persuasivo. Por isso mesmo, os departamentos de Recursos Humanos devem seguir exatamente os mesmos objetivos e enfatizarem as suas marcas nas estratégias de marketing de recrutamento.
No entanto, para que seja possível colocar em prática esse objetivo é necessário que as suas equipas e os responsáveis desenvolvam todas as competências que lhes permitam trabalhar a sua marca, redes sociais, geração de leads e os seus conteúdos.
2.
Criar um site de carreiras apelativo
Se refletirmos, quando um potencial candidato está interessado em candidatar-se a uma vaga na empresa, ele vai procurar o site de carreiras. E não estamos a falar de um separador no website que normalmente se intitula de “carreiras” ou “empregos”.
Um site de carreiras deve ser desenhado a pensar no candidato, devidamente profissional, informativo e alinhado com o employer brand da empresa. Mas acima de tudo, deve ser cativante tal como um diálogo.
Por isso o ideal é dialogar com os candidatos através de publicações de infográficos, vídeos, chats ou quizzes. No fundo, tudo se resume à criação de conteúdos interativos em vez dos tradicionais textos infinitos.
3.
Explorar as redes sociais é fundamental
Implementar uma estratégia de marketing de recrutamento exige apostar nas redes sociais da empresa.
São cada vez mais as pessoas que utilizam as redes sociais, principalmente os mais novos. Por isso mesmo, estas acabam por ter um papel importantíssimo na divulgação da cultura da empresa.
Contudo, nem todas as redes sociais podem ser do interesse do empregador. Por isso mesmo, é necessário perceber que tipo de talentos se pretende atrair para depois definir em qual rede social deverá investir mais: se no LinkedIn, no Facebook ou no Instagram, por exemplo.
4.
Investir em descrições bem pensadas e altamente informativas
As empresas devem refletir sobre as descrições das vagas que colocam disponíveis a todos os potenciais candidatos. Atualmente, as pessoas procuram saber o máximo possível sobre cada função através da descrição do trabalho em questão.
Por isso, é crucial que as empresas sejam verdadeiras, sem rodeios, e que informem desde logo os profissionais sobre os requisitos que “vendem” a vaga em questão.
5.
Recorrer a campanhas dirigidas e aos canais web para gerar procura
Como já referimos, a interação com potenciais candidatos mantém o interesse e motiva-os a realizarem as suas candidaturas de uma forma mais rápida. No entanto, a melhor forma para otimizar os esforços, é conhecer o público-alvo e a audiência da empresa.
É extremamente importante adaptar o storytelling para quem o quer ouvir e para quem o empregador pretende contratar. Reflita sobre que redes sociais utilizam, os tons de linguagem e o tipo de mensagens a que são sensíveis e direcione os seus conteúdos de forma correta.