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Quando o assunto é o desenvolvimento da carreira, há ainda alguns mitos sobre a vocação profissional que precisam de ser desvendados. Afinal, o conceito implica unir uma profissão às competências de cada um, mas esta nem sempre é clara para todos.

Há quem a considere um chamamento e a espere a qualquer momento. No entanto, para a maioria das pessoas, precisa de ser trabalhada e desenvolvida através de orientação profissional, por exemplo.

Nem sempre estar preparado para exercer uma profissão depende da vocação e nem sempre a vocação por si só garante o sucesso profissional – porque qualquer profissão requer empenho e trabalho.

Além destas noções, existem ideias erradas sobre a vocação profissional que lhe podem atrapalhar a vida. Fique a conhecer as principais.

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Mitos sobre a vocação profissional: os 6 mais comuns

1

Esperar que a vocação profissional se revele

Descobrir a vocação profissional é um grande dilema, mas não faz sentido esperar eternamente pela epifania.

Na altura da decisão é natural surgirem incertezas, dúvidas e inseguranças. O autoconhecimento, o interesse por determinadas atividades e perspetivas de futuro podem fornecer pistas úteis para descobrir o que gostaria de fazer profissionalmente.

Não é de todo anormal pensar que deve esperar que a sua vocação profissional se revele. Até porque este mito perdura há vários anos provavelmente devido ao enorme leque de cursos e workshops, bem como discursos aspiracionais que ouvimos diariamente em podcasts e na internet.

Mas a verdade é que independentemente disso, o importante é saber que a vocação não surge da noite para o dia. Por vezes é algo que se vai desenvolvendo com o tempo, experiência e trabalho. Por isso, nada melhor do que ir colocando as mãos na massa para descobrir o seu rumo.

2

Sentir que deve dar continuidade ao negócio de família

Um dos maiores mitos é sentir que independentemente da sua área de formação o ideal e o mais seguro é seguir sempre no negócio de família (quando se aplica).

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Estamos certos de que os negócios de família são extremamente importantes, até mesmo para os nossos valores. Mas isso não significa que tenhamos que nos identificar a nível profissional com eles e com os nossos familiares.

Muitas vezes, ainda estamos a terminar os estudos e já ouvimos “Se alguma coisa não correr bem, deves iniciar o teu percurso na empresa dos teus pais”. E a verdade é que parece existir alguma pressão da sociedade neste sentido também em grande parte devido à falta de empregos com boas condições.

De facto, a família é sem dúvida importante em todos os sentidos. No entanto, se optarmos por seguir uma carreira com a qual não nos identificamos minimamente, seremos infelizes, desanimados e sem foco.

Lembre-se: por vezes mais vale optar por um emprego com um salário um pouco mais baixo e fazermos algo que realmente gostamos, do que nos deixarmos reger por aquilo que nos impõem.

3

Só há uma profissão certa para cada um

Não é verdade. Mais do que profissões, existem competências e áreas que podem resultar nas mais diversas atividades.

Por exemplo: é bom a comunicar? Então, publicidade, recursos humanos, marketing e vendas são áreas a apostar. E dentro de cada uma destas áreas há diversas funções que pode assumir.

Tirar um curso numa determinada área não significa que só irá ser bom a fazer a mesma coisa a vida toda. Aliás, num determinado momento da sua vida pode até pensar em fazer uma reconversão de carreira.

Imagine que assume funções como gestor de redes sociais numa empresa e que ao longo dos anos tem vindo a apostar em formações ou cursos de design de interiores. A qualquer momento pode aproveitar as skills que reuniu e arriscar uma nova carreira, totalmente diferente.

4

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Deve seguir uma profissão mesmo que não se goste

Já lhe disseram: “mesmo que não te identifiques com uma profissão, com esforço e dedicação podes ser tão bem sucedido e feliz como qualquer outro profissional?”. Se sim, saiba que está errado.

Não há nada pior na vida do que fazermos todos os dias alguma coisa de que não gostamos e com a qual não nos sentimos completos, realizados e felizes. Isso só nos fará sentir desanimados, tristes e constantemente à procura de algo que nos preencha essa grande lacuna.

Atualmente, este é um dos mitos mais comuns sobre a vocação profissional talvez porque o mercado de trabalho está em constante mudança e se até há uns anos era mais fácil encontrar um bom emprego numa área que gostasse e com um bom salário, hoje em dia as coisas estão diferentes.

E, para muitos, torna-se numa obrigação trabalhar numa área com a qual não se identificam, mas que até têm alguns conhecimentos porque não arranjam as mesmas condições na área para a qual se formaram.

Ter uma habilidade natural para uma determinada atividade é uma coisa, gostar de a fazer é outra.

5

É possível ser bom em todas as competências e fazer tudo

Somos todos diferentes uns dos outros e, por isso mesmo, as nossas aptidões e habilidades também. Se tem esta ideia na cabeça de que pode ser bom em todas as competências requeridas pelas empresas, engane-se: é humanamente impossível.

Até podemos ter conhecimentos sobre várias áreas, tecnologias ou skills bastante aprimoradas. No entanto, aquilo que nos acrescenta valor enquanto profissionais é o facto de nos destacarmos em algumas competências e sermos capazes de através delas, trazermos resultados.

É importante termos um leque de conhecimentos alargado, mas isso não significa que sejamos efetivamente bons em tudo e que tenhamos todas as competências reunidas para desempenharmos cargos para os quais não vamos estar capacitados.

6

Existem pessoas sem vocação

Todos temos vocação para alguma coisa, a diferença é que algumas vocações são mais lucrativas do que outras.

Mais uma vez, o importante é pensar bem no que gosta de fazer e a partir daí traçar o seu percurso profissional. E lembre-se: está sempre a tempo de aprender e seguir por um rumo diferente.

Na sociedade em que vivemos, parece existir uma linha do tempo que nos é imposta e através da qual nos devemos guiar. Mas a verdade é que o nosso percurso/experiência e a nossa carreira profissional só a nós nos diz respeito. Por isso não perca tempo com mitos e faça o que realmente o faz feliz.

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